Anônimos S.A.

12:24


Quando eu era pequena tinha o sonho de ser atriz quando crescesse. Confesso que até hoje a ideia de viver diferentes personagens me fascina, pois ser ator é ser várias coisas, nos proporciona vivenciar diferentes situações, personalidades e até mesmo profissões.

Porém conforme fui crescendo percebi o lado ruim desta profissão: a fama! Eu nunca desejei ser famosa, e não o sou, graças a Deus! Ser reconhecida pelo meu trabalho e qualidades, mas ter noticiado tudo que eu faço por aí nas machetes das revistas e sites da internet? Não, muito obrigada.

Eu gosto de ser anônima, passar desapercebida. Li uma frase há muito tempo atrás que dizia: viva de maneira que sua presença não seja notada, mas sua ausência seja sentida. Desde então tentei fazer dessa a minha filosofia de vida. Eu quero fazer a diferença, mas não quero ser o foco dos holofotes. Quero poder errar sem que isso seja exibido em rede nacional, ter direito a ficar de mau humor, tpm, deprimida sem que todos saibam.

Quero ter a liberdade de ser quem eu sou, do jeito que eu sou, sem que isso se torne um exemplo bom ou ruim a ser seguido. Poder sair de chinelo, meia, moletom e rabo de cavalo num dia frio para levar o cachorro na rua. Não gosto da sensação de estar sendo observada o tempo todo. Big Brother então, nem pensar! O dinheiro é claro que me faz brilhar os olhos, ainda mais em início de carreira como estou, mas ser assistida 24 horas por dia, e depois não poder ir na esquina sem ser reconhecida, posar pra revistar e etc? Nem pensar.

Me preocupo em ser uma boa profissional, filha, amiga, namorada, esposa, mãe... Em contribuir para um mundo melhor de uma maneira geral, em ser importante na vida das pessoas que são importantes pra mim também. Mas de resto, não quero ser popular. Prefiro o meu anonimato. O prazer de ser uma Zé Ninguém.

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