Bonzinhos demais?

22:16


Eis que o tema debatido essa semana foi de que não devemos ser bonzinhos demais, pois os bonzinhos não são valorizados. São feitos de bobos e só se estrepam. Eu não sei com relação à você, mas eu não gosto nem um pouco de ser maltratada ou tratada com indiferença. Esse tipo de atitude não me aproxima de ninguém, muito pelo contrário, apenas me distancia.

E eu aqui pensando que quando somos bem tratados ou estimamos alguém (seja lá quem for) o tratamos bem de volta. Claro que todos temos nossos dias ruins, mas que de uma maneira geral somos gentis, afáveis, sinceros, respeitosos, enfim, todas aquelas coisas que supostamente deveríamos gostar de receber em troca. Tipo uma via de mão dupla.

Eu não sou a Madre Teresa de Calcutá, estou bem longe disso! Tenho cinco milhões de defeitos, sou bem grossa na tpm, sei muito bem dar patada em quem merece e confesso que já fui cruel. Mas nenhuma vez isso foi gratuito. Todos nós tratamos mal, em algum momento, pessoas que por ventura não gostamos ou que nos tiram do sério. Mas não quando a intenção é estreitar laços.

Concluí que tenho o "péssimo hábito" de tratar bem as pessoas que eu gosto, me importar, agradar, ser carinhosa etc. Um erro gravíssimo! Ora essa, onde já se viu dar bola para seja lá o que for que não envolva o nosso próprio umbigo?! Dar um mínimo de atenção às necessidades alheias?! E lá existem necessidade que não sejam as nossas próprias?!

Para mim não faz sentido algum. Mas sempre ouço a história de alguém dizendo que se abalou para ajudar alguém e recebeu ingratidão de volta. Ou então a velha história de um relacionamento fracassado onde o outro não valia o que comia. E pior, aquela que todas as mulheres, sem exceção, já ouviram um dia: não seja boazinha demais minha filha, homem não gosta disso, eles gostam é daquelas que maltratam.

Alguém, em algum momento, parou para pensar nisso tudo? Desculpe, mas eu ter vivido uma experiência dessas só me mostra o quanto é ruim ser desprezado, maltratado e desvalorizado. Nossas  vivências nos ensinam a não cometermos os mesmos erros, a separarmos melhor o joio do trigo e indentificarmos o que é melhor para nós.

Desculpe se você tem algum trauma de infância, mas eu não estava lá, não tenho nada a ver com isso, então não venha descontar em mim. Trate bem quem lhe quer bem. Valorize para não perder, e não só depois de perder. Repetir um ato que te fez mal não vai lhe fazer sentir melhor, não vai mudar o que aconteceu, mas pode mudar o que ainda vai acontecer.

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