Acreditando em Deus

17:20


Provavelmente ao verem o título deste post muitos mudem de página. O que acontece hoje em dia é que a fé tornou-se um assunto polêmico, onde as pessoas são dividas em descrentes e religiosos fervorosos. Acredito que isto seja consequência da sociedade extremista em que vivemos, onde ou você é ou você não é.

Desde pequena nunca fui forçada ou obrigada a seguir determinada religião, tive a liberdade de conhecer algumas acompanhando amigos ou parentes. O que acontece é que não rejeito e nem aceito nenhuma delas, respeito todas. E acho que esse respeito deveria ser mais praticado, ao invés de as religiões brigarem entre si por poder.

Eu, particularmente, cresci mais próxima da igreja católica, então ouvia histórias sobre um Deus de amor, mas se tu não seguisse direitinho o que está escrito na Bíblia, ele te manda direto pro inferno e não teria volta, mais do que amá-lo, você deveria temê-lo.

Essa ideia sempre me deu calafrios, pois estou longe da perfeição e, sinceramente, não concordo com exatamente tudo o que está escrito lá, acho que devido ao passar dos anos muitas coisas já não se aplicam a nossa realidade.

Acho que todos nós temos a necessidade de ter fé em algo que explique aquilo que está além da nossa compreensão, que nos console. E todos nós temos o direito de escolher uma religião que nos conforte e nos traga paz de espírito.

Eu, particularmente, não me encontrei nenhuma religião propriamente dita, também nunca procurei muito, então criei meu próprio conceito. Acredito em um Deus que nos criou e criou o mundo. Na minha concepção este é um Deus de Amor, retrato da perfeição,  Pai de todos nós. Então, pra mim, é inconcebível a ideia de que este Deus vá nos renegar perante nossas falhas, e abandonar-nos ao eterno sofrimento, já que esse seria um sofrimento dEle também.

Como pai, ele precisa deixar que tenhamos nossas próprias experiências para que possamos evoluir, mas ele nunca nos abandonará. Qual o pai que ama seus filhos seria capaz de abandoná-los num momento de sofrimento? Minha ideia é que vivemos para errarmos e aprendermos com nossos erros, e acho que uma vida não é tempo suficiente, então acredito em reencarnação também.

Acredito que há um destino, um ponto de chegada, mas que temos o livre arbítrio para escolher entre os vários caminhos que nos levarão até lá. Não acho que estou mais perto de Deus dentro de algum templo realizando algum tipo de cerimônia/ritual, acho que Deus está dentro de mim e que eu sou o caminho para chegar até Ele. Não sinto necessidade de sair evangelizando as pessoas, gritando pelos quatro ventos sobre a minha fé. Portanto, acho falta de respeito quando as pessoas insistem para que eu acredite em algo tentando me converter a essa ou aquela religião.

Acho o cúmulo aquelas pessoas que se dizem espiritualizadas, seguem rigorosamente uma religião, cumprem todas as obrigações, comparecem a todas as cerimônias e no dia-a-dia julgam as pessoas, fazem fofocas, mentem, traem, roubam. Poxa, todo mundo é passível de erro, então não julgues para não seres julgado.

Tu com a tua fé e eu com a minha. Se você está feliz e em paz do teu jeito, que bom, fico realmente feliz por isso. Agora não me lance um olhar de “coitadinha, é uma perdida”, porque você não é o dono da verdade, pode ser que todos nós estejamos errados e no fim das contas não haja nada. Simplesmente morremos! È finito! The End!

E o último que sair apaga a luz...

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1 comentários

  1. Este é um assunto que sempre me atrai.
    O estranho e interressante é a pluralidade de conceitos, formas e ideias que giram entorno da religião - desde os primórdios - com o intuito de alcançar um único Ser Superior. E como bem disseste: “no fim das contas pode ser que nada exista”.
    Queiras sim ou queiras não, somos um país católico e praticamente nascemos e fomos educados sobre os dogmas dela. No entanto, também comungo dos teus pensamentos a respeito da religião.
    Antes dela - a mim, a FÉ (não necessariamente só ligada a um Deus) é muito mais importante.

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